O que fazer com o esteta e o moralista? Ronald Augusto [1] A estética, ao que parece, é um campo hesitante e algo controverso, capaz de, inclusive, confundir o interessado quando sua consideração a propósito do tema se dá, por exemplo, através dos termos dos pensadores do idealismo. De outra parte, aísthesis , o conceito grego de onde se origina a disciplina, significa sensação, sentimento. Mesmo que, historicamente, seja considerada como um ramo da filosofia, a estética aqui e ali é representada como uma disciplina meio lateral ou menos estável, afinal, a investigação estética não se dedica necessariamente a formas artísticas constituídas; seu interesse, de vocação esclarecida e racional, por experiências da sensibilidade e do afeto que se relacionam a uma série de objetos, a coloca, no entanto, constantemente em situações movediças e fungíveis, ainda mais quando se trata de determinar a precisão dos juízos e conhecimentos pretendidos. Um argumento que sustentaria a te
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Puya (1987), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista da revista http://www.mallarmargens.com/; e escreve quinzenalmente para http://www.sul21.com.br/jornal/colunista do site Sul21.