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Mostrando postagens de abril, 2012

Junto à estátua, burla de Luís Gama

Poema escrito em versos decassílabos brancos, isto é, não rimados, cuja acentuação oscila entre heróica (as tônicas caem nas 6 a e 10­ a sílabas) e sáfica ( tônicas nas 4 a , 8 a e 10 a sílabas). Contudo, no interior dos versos se constata, além de muitas correspondências fono-semânticas que mobilizam e potencializam o entrecho textual, a ocorrência de assonâncias, rimas toantes, tais como: membros / quedos , sentado/lago , ramos/manso , escravo/raios , furtiva/notívagas , etc. Em outro passo, o vislumbre de um virtual palíndromo misturado a mais assonâncias e traços aliterantes em / t /, quando o poeta sente o “gra T o aroma ” entre os “ T or T os ramos ”. Nos dois primeiros quartetos, também encontramos a interessante teia paronomástica “marmor/amor/mar”, que numa investida hermenêutica sem pretensão de ser exaustiva, autorizada, por sua vez, pela interpretação referencial do poema, se poderia ler, por exemplo, assim: o amor pertinaz enfrenta o mar iracundo – as resi