Breve entrevista que concedi ao poeta João Pedro Wapler, também colunista do website O Café. Mais em: http://www.ocafe.com.br/2013/05/19/que-os-mortos-enterrem-seus-mortos/ - Qual a arte que mais instiga sua sensibilidade hoje? O cinema, sem dúvida. É impressionante como o cinema levou apenas, mais ou menos, meio século para se firmar como arte autônoma, nesse curto período de tempo definiu e ensinou sua gramática ao apreciador. E a partir de um estilo de elipses radicais, conseguiu, no que toca ao quesito “contar uma história”, disputar a primazia narrativa com o romance. Nenhuma outra arte fez um percurso tão veloz. Ok, parte dessa velocidade deve ser creditada à dimensão industrial e tecnológica do cinema, mas isso em fim de contas depõe ainda a seu favor, pois os realizadores conseguiram criar obras primas mesmo sob a pressão dos tacanhos interesses meramente mercantis. - Vejamos, um escritor ou crítico é restrito ao âmbito literário e lá saca ...
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Puya (1987), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista da revista http://www.mallarmargens.com/; e escreve quinzenalmente para http://www.sul21.com.br/jornal/colunista do site Sul21.