Vamos acomodar algumas melancias nessa carroça da crítica de cultura: Micheal Jackson foi um gênio da música pop, a mais desbragada. Sua performance, na totalidade musical, corporal e vocal que a constitui, vem de uma linhagem motown que jamais recusou o viés da escola entertainer sobre a qual se assenta toda a atitude cultural norte-americana. O qualificativo de medíocre lançado, eventualmente, contra o caçula do quinteto dos Jacksons, cheira à coisa de intelectual "fuckfurtiano", mesmo.
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Puya (1987), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista da revista http://www.mallarmargens.com/; e escreve quinzenalmente para http://www.sul21.com.br/jornal/colunista do site Sul21.