péricles prade a íntegra desse texto em: http://www.revistaosiris.com.br/dossie-critica-ronald_augusto.html (...) A partir de agora pretendo dividir com o leitor minhas ilusões a respeito de Relatos de um corvo sedutor . E o que consegui entesourar de tal empresa vai aqui escrito. O livro pode ser apresentado como uma sorte de texto-suma onde Péricles Prade, por meio de um proliferante kinema em prosa, passa a limpo o seu repertório intelectual-vivencial com um apetite de antropófago. Como se fora o bufão de si mesmo ou, ainda, como um Machado de Assis em “estado alterado de consciência”, o texto de Prade é produto de um “bucho ruminante”. Um bruxo ruminante? Mas antes de seguir adiante, umas notas de leitura a um dos seus precursores. “Desocupado lector...”, assim se inicia o prólogo do Don Quixote , mas o prólogo é um simulacro, na verdade já estamos em meio a narrativa. Logo de saída Cervantes convida o leitor a abandonar, por um momento, a hipnose romanesca. O leitor é coloca...
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Puya (1987), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista da revista http://www.mallarmargens.com/; e escreve quinzenalmente para http://www.sul21.com.br/jornal/colunista do site Sul21.