[ nem raro nem claro , ed. butecanis, 2015] [ mnemetrônomo , ed. butecanis, 2014] Por Ricardo Silvestrin [texto publicado originalmente em: http://www.musarara.com.br/nem-nem] Depois de Empresto do Visitante (Patuá, 2013), livro em que cintilam poemas-instante, clics da paisagem que ombreiam em beleza com o que retratam, Ronald Augusto lançou dois volumes pela editora Butecanis: Mnemetrônomo (2014) e nem raro nem claro (2015). No primeiro, o poeta enfrenta, não sem revelar o esforço que a tarefa demandou, a construção de poemas metrificados: . dizer em sáficos esses dez lustros com que deslustrei minha juventude não é de amargar mas me sai a custo (…) . Mas não pensem que a forma clássica amansou o discurso enviezado que costuma estar presente na poesia de Ronald. A seleção de palavras com pontas, que se atritam entre si no poema, continua presente: ao peso se dobra . por seu modo insurrecto e sem molhar palavra ria menos viril...
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Puya (1987), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista da revista http://www.mallarmargens.com/; e escreve quinzenalmente para http://www.sul21.com.br/jornal/colunista do site Sul21.