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Mostrando postagens de fevereiro, 2009

uma assinatura monumental

Incluída entre as melhores obras arquitetônicas de 2008 por cinco especialistas — os críticos Luis Fernández-Galiano, Frederick Cooper, William J. R. Curtis, Albert Ferre e Juan Miguel Hernández Leon —, a nova sede da Fundação Iberê Camargo, projeto do arquiteto português Álvaro Siza, é a primeira edificação construída em Porto Alegre para este fim, isto porque as instituições até então existentes, como, por exemplo, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), ocupam prédios históricos criados originalmente visando outros objetivos. Entre as demais obras arquitetônicas selecionadas figuram muitos edifícios destinados a apresentações e acontecimentos públicos de cunho artístico-cultural e também esportivo, é o caso, para citar um exemplo, do Estádio Olímpico de Pequim, o “Ninho de Pássaro”, como desde então se tornou conhecido. Por outro lado, a lista dos eruditos também contempla obras voltadas para as questões tradicionais de habitação e de modelos urbanos que comportem inovações, p

uma vírgula irritante

Em vida, Anotações à margem (1994) foi o último livro individual que Oliveira Silveira viu publicado e incorporado ao conjunto de sua obra [1] . É impressionante que seu recente desaparecimento feche um ciclo de quinze anos sem que mais nenhum livro seu apenas viesse à luz. E isto é de espantar, ainda mais se levarmos em consideração, por um lado, a qualidade de sua produção poética — referida e solicitada mais além do que aqui — e, por outro, a facilidade e a regularidade com que poetas e prosadores ruins publicam suas obras sem que quaisquer obstáculos lhes sejam ofertados. Suspeito que, hoje, qualquer um consegue reunir num arco de tempo parecido, no mínimo uns sete ou oito títulos (mas, se tudo correr bem, ninguém os guardará na memória). Registre-se que embora Oliveira não possa ser relacionado como um poeta de inspiração caudalosa, tampouco era um sujeito que se vangloriasse ou abusasse da esterilidade. Era um artista em movimento. Não raro, em nossos encontros, relata