Sabor da crítica vadia: Decupagens Assim Cândido Rolim [1] Há críticos e artistas que evitam comentar sobre seu tempo, quem sabe, aguardando a estação passar para, na carona de alguma aprovação unânime, emitir suas impressões com base em uma opinião digna de figurar no elenco dos juízos “confiáveis”. É na contracorrente desses esforços débeis de consagração que atulham a nebulosa literária que alguns pensadores, dentre eles o poeta-crítico Ronald Augusto, atentos à “fruição do indeterminado do discurso literário”, vão revolvendo tópicos e questões supostamente “consumados”. Ronald é um poeta que periodicamente realiza cursos cuja matéria prima é a leitura e a confecção de objetos verbais (textos). Portanto, convive à exaustão com os impasses da linguagem poética e também com os logros, as imposturas e os embustes realizados por nomes e obras preservados pela política cultural do entorno. Não assusta que apareça em seus artigos, aqui acolá, com virilidade nietzs...
Ronald Augusto é poeta e ensaísta. Licenciado em Filosofia pela UFRGS e Mestre em Letras (Teoria, Crítica e Comparatismo) pela mesma universidade. É autor de, entre outros, Puya (1987), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Oliveira Silveira: poesia reunida (2012), e Decupagens Assim (2012). É colunista da revista http://www.mallarmargens.com/; e escreve quinzenalmente para http://www.sul21.com.br/jornal/colunista do site Sul21.