Pular para o conteúdo principal

curso de verão



poesia-pau informa:
Abertas as inscrições para o

Curso de verão

Transgressões poéticas

Com Ronald Augusto

De 06 a 22 de janeiro de 2009,

terças e quintas das 19h às 21h

na Palavraria – Livraria-Café

Informações & Inscrições:
pelos telefones 3336 2969 e 9948 0569
dacostara@editoraeblis.com

Nos seis encontros em que o curso se estrutura, será demonstrado todo um pervagar transgressivo no interior da tradição literária. Três tópicos compõem o curso, a saber: a) a transgressão discursiva; b) a transgressão da visualidade; e c) a transgressão da intransitividade. Um tópico a cada dois encontros.


Os sucessos e os fracassos da alta modernidade e da contemporaneidade ajudaram a levar ao limite invenções discursivas como as de Joyce, Guimarães Rosa e Paulo Leminski. Esses autores experimentam um barroquismo onde a hibridez se torna uma categoria importante no literário e, inclusive, na concepção moderna de cultura.


A partir de Mallarmé a poesia, de uma arte eminentemente temporal, passa a trabalhar o espaço e a visualidade como elementos constitutivos do seu fazer estético.


O sentido do poema, do texto literário é uma conquista do leitor-colaborador. A idéia de “obra aberta” supõe um fruidor mais participativo. Não existe o texto hermético em si mesmo: a leitura é o desejo de linguagem convertido em vontade de interpretação.


Alguns tópicos a serem debatidos no curso


1) Amostragem da (inclusive remota) poesia visual.

2) Brás Cubas de Machado de Assis (romance intersemiótico).

3) Un Coup de Dés (1897), poema onde Mallarmé introduz o elemento espacial numa arte a princípio temporal.

4) Poesia Barroca do passado e de agora-agora.

5) A beleza do difícil em poesia.

7) Poesia não-verbal.

8) A prosa galática.

Valor: Cr$ 250,00 à vista. Ou em duas vezes de Cr$ 150,00.

Sobre o poeta-professor


Ronald Augusto nasceu em Rio Grande (RS) a 04 de agosto de 1961. Poeta, músico, letrista e crítico de poesia. É autor de, entre outros, Homem ao Rubro (1983), Puya (1987), Kânhamo (1987), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004) e No assoalho duro (2007). É co-editor, ao lado de Ronaldo Machado, da Editora Éblis www.editoraeblis.blogspot.com. Traduções de seus poemas apareceram em Callaloo African Brazilian Literature: a special issue, vol. 18, n0 4, Baltimore: The Johns Hopkins University Press (1995; 2007), Dichtungsring - Zeitschrift für Literatur, Bonn (de 1992 a 2008, colaborações em diversos números, poesia verbal e não-verbal) www.dichtungsring-ev.de. Artigos e/ou ensaios sobre poesia publicados em revistas do Brasil e sites de literatura: Babel (SC/SP), Porto & Vírgula (RS), Morcego Cego (SC), Suplemento Cultural do Jornal A Tarde (BA), Caderno Cultura do Diário Catarinense (SC), Suplemento Cultura do jornal Zero Hora (RS); Revista Dimensão nº 28/29, tradução de poema de e. e. cummings (MG); Revista ATO (MG); Revista RODA - Arte e Cultura do Atlântico Negro (MG); www.sibila.com.br; www.overmundo.com.br; www.revista.criterio.nom.br; www.germinaliteratura.com.br; www.slope.org; entre outros. Despacha nos blogs: www.poesiacoisanenhuma.blogspot.com e www.poesia-pau.blogspot.com. Ministra oficinas e cursos de poesia e é integrante do grupo os poETs: www.ospoets.com.br

Palavraria – Livraria-Café
Rua Vasco da Gama, 165 – Bom Fim 90420-111 – Porto Alegre – RS
Telefone 51 3268 4260

Comentários

Lau Siqueira disse…
Estivesse em Porto, certamente seria um dos alunos. Vou espalhar a notícia entre os amigos sulinos com vocação para limar palavras-ferro.
Um grande abraço e um grande 2009, poeta!
G V disse…
Perdi essa! posso saber da próxima?
QUE BOM CONHECER VOCES. rever o Oliveira Silveira e Ver o Tutuca...
um violão que um nos tocou,tal um bom poema, nos toca sempre.

parabens pra voces.

Lourdes Teodoro-BSB

Postagens mais visitadas deste blog

TRANSNEGRESSÃO

TRANSNEGRESSÃO 1              No período em que morei na cidade de Salvador, Bahia, final da década de 1980, fui procurado, certa ocasião, por uma estudante alemã que desembarcara no Brasil disposta a realizar um minucioso estudo sobre a literatura negra brasileira. A jovem estudante demonstrava grande entusiasmo diante de tudo o que se lhe apresentava. Antes de Salvador havia passado por São Paulo e Rio de Janeiro, onde conheceu, respectivamente, o genial Arnaldo Xavier e o glorioso Ele Semog. Posteriormente, estes poetas encaminharam-na a mim e a outros escritores também residentes em Salvador. Tivemos, se bem me lembro, dois ou três encontros de trabalho envolvendo entrevistas e leituras comentadas de poemas. Numa dessas reuniões, apresentei-lhe sem prévio comentário um poema caligráfico-visual. A jovem alemã, cujo nome prefiro omitir, se pôs a examinar e re-examinar aquelas traços opacos de sentido, e que, de resto, não ofereciam senão ...

oliveira silveira, 1941-2009

No ano de 1995 organizei a mini-antologia Revista negra que apareceu encartada no corpo da revista Porto & Vírgula , publicação — infelizmente hoje extinta — ligada à Secretaria Municipal de Cultura e dedicada às artes e às questões socioculturais. Na tentativa de contribuir para que a vertente da literatura negra se beneficiasse de um permanente diálogo de formas e de pontos de vista, a Revista negra reuniu alguns poetas com profundas diferenças entre si: Jorge Fróes, João Batista Rodrigues, Maria Helena Vagas da Silveira, Paulo Ricardo de Moraes. Como ponto alto da breve reunião daqueles percursos textuais, incluí alguns exemplares da obra do poeta Oliveira Silveira. Gostaria, agora, de apenas citar o trecho final do texto de apresentação que à época escrevi para a referida publicação: “Na origem todos nós somos, por assim dizer, as ramificações, os desvios dessa complexa árvore Oliveira. Isto não nos causa o menor embaraço, pelo contrário, tal influência nos qualifica a...

O prazer da leitura tripla

  Lendo Ronald Augusto Poesia de poeta “experimental” convida ao prazer da leitura tripla por Paulo Damin, escritor, professor e tradutor em Caxias do Sul. “Polêmico”, disse uma colega professora, quando o Ronald passou por Caxias, tempos atrás. Deve ser porque ele é um filósofo. Ou porque comentou a falta que a crítica faz pra literatura. Ou então porque o Ronald escreve versos “experimentais”, ou mesmo experimentais sem aspas. As ideias dele sobre crítica e literatura são fáceis de encontrar. Tem, por exemplo, uma charla literária que fizemos com ele, neste link . O que vim fazer é falar sobre ler os poemas do Ronald Augusto. Sabe aquela história de que é mais importante reler do que ler? Esse é o jogo na obra poética dele. Minha teoria é que todo poema do Ronald deve ser lido pelo menos três vezes. Na primeira, a gente fica com uma noção. Que nem entrever alguém de longe na praia, ou na cerração. A gente pensa: é bom isso, entendi. Vou ler de novo pra entender melhor umas coisa...